terça-feira, 21 de dezembro de 2010

A VIDA É PRESENTE

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São poucos os que vivem o presente; a maioria aguarda para viver mais tarde.
Jonathan Swift

Há um lugar comum que toda gente boa usa: _Nossa! Como este ano passou depressa. O ano ainda não terminara e o sujeito já está decretando o seu fim. Sempre ouvi dizer que, para certas pessoas, nada mais eficaz para acelerar o tempo do que carnês. Nem sei se ainda existem. Agora é cartão de crédito, boleto bancário e tal. De qualquer forma o mês parece chegar mais rápido quando você tem pagamentos a fazer.
Se tivéssemos uma série histórica de pesquisa de aceleração do tempo, fatalmente, verificaríamos que a pressa vem sendo uma das características mais peculiares da modernidade. Depois da revolução industrial incrementada no início do século XIX com suas linhas de produção tão bem caricaturadas por Charles Chaplin em seu magistral “Tempos Modernos” a sucessão dos anos nunca mais foi a mesma. Entretanto, nada se compara a essa revolução da comunicação feita basicamente pela televisão, telefone celular e internet que parece pôr tudo na ordem da hora. Ou seja, de hora em hora tudo muda e nada volta a ser como antes.
Presto muita atenção a esse açodamento social. Parece que vivemos sempre na expectativa. Explico: Um evento tem mais importância pelo tempo em que ele fica no topo da lista das essencialidades do que o seu acontecimento tão fugaz. Veja os casamentos, por exemplo. Acabei de saber, por uma reportagem de televisão, que os noivos capixabas precisam marcar a cerimônia religiosa com um ano e meio de antecedência, que é o tempo em que o evento ocupa as mentes dos envolvidos. Olha o que a indústria e o comércio fazem com as festas no ano! É dia das mães, da avó, do amigo - que parece não ter decolado até agora -, das crianças, dos pais, de Natal, que se não inventaram, se apropriaram. Outro dia li até uma piadinha séria sobre isso: O marketing antecipa tanto o Natal que periga qualquer dia desses Papai Noel tropeçar no coelhinho da Páscoa pelos corredores do shopping. É que o comércio vive disso. Ainda há de se inventar um jeito de faturar com o Dia da Consciência Negra. Sei lá, fazendo fantasias de Zumbi, videogames de Palmares, bonequinhos afro-descendentes de chocolate, essas coisas... Mas enquanto isso não vem, vão desrespeitando o feriado e fazendo os empregados trabalharem sem recompensa. Não tenho nada contra o trabalho e muito menos contra a lei e o direito.
A antecipação do mês, sem dúvida, é a festa de Natal. Aliás, desde outubro vemos árvores enfeitadas pelas lojas. Nesse momento é provável que você esteja ouvindo os barulhentos carros de som tocando aquela versão chata toda vida intitulada “Então é Natal” com que a Simone irrita nossos ouvidos há décadas. E/ou sendo abalroado por gente empacotada com sorriso de vitrine pelas calçadas da cidade.
Os egípcios viviam para o futuro – eram enterrados com seus pertences e tesouros para serem usados numa acreditada vida após a morte. Já os judeus, vivem para o passado glorioso de que se orgulham – desde que não lhes negue nem a miséria que foi o holocausto –, de olho no futuro que é a vinda de um messias que não chega nunca. Já eu – crente de que na vida futura não entram os bens materiais e cujo Salvador já veio e está entre nós –, prefiro, Hic et nunc, o presente cuja origem latina significa aquilo que está ao alcance, e que o nosso povo achou de dar significado de aquilo que é de graça. Em ambos os casos é exatamente o que escolho. Ninguém pode viver no passado ou no futuro. A gente só vive mesmo é no presente.
 
A todos os meus alunos. Àqueles com quem estarei no ano que vem; mas principalmente para os que não retornarão ao Colégio Agrícola. Quero dizer-lhes que foi mais um ano em que aprendemos muitas coisas juntos. Nós construímos conhecimento, tivemos experiências, momentos de alegria e até mesmo espaço para o stress. Porque Escola é assim: lugar de debate, do embate, do crescimento, do aprimoramento, da descoberta... Contudo, é o espaço privilegiado da transformação. E ninguém pode se transformar só a si mesmo. Tudo que somos é construído no coletivo. E é isso que a cada ano que passa me faz dizer que vale a pena estar vivo neste século e ser professor.
Um forte abraço para todos vocês.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Narrativa da Ampliação Vocabular num cemitério.

A narrativa abaixo foi escolhida entre tantas para documentar nosso passeio pelo cemitério. Luana atingiu plenamente os objetivos do exercício de produção de narrativa, pois apresentou discursos direto e indireto, personagens, o fato, o tempo e o lugar.

 
Em uma quinta-feira, na aula do professor Zeluiz, resolvemos mudar nossa rotina; fomos dar uma volta no cemitério São João Batista, logo perto da escola. O objetivo do professor era nos mostrar o que são epitáfios, mas foi um passeio e tanto pra turma.
Logo quando cheguei, que surpresa! Achei um osso humano.
-Imagina! Estamos no cemitério e achamos osso de galinha. É claro que é osso humano, disse Carlos com toda ironia.
Se enganou, porque o professor falou que podemos achar sim osso de galinha, porque pessoas usam o cemitério para fazer despacho por lá. Logo em seguida encontramos um despacho medonho.
Andamos mais um pouquinho e o Matheus gritou.
_Olha, um buraco aberto no túmulo, e parece ser um caixão de criança.
Fui correndo pra ver. Chegando lá era só uma caixa tipo baú, falaram até que era tesouro que a família tinha deixado por lá.
Então, vimos os epitáfios. “Saudades eternas de seus familiares”. Eu não sabia que epitáfio era o que fica escrito nos túmulos.
Continuamos passeando e vendo várias curiosidades. Até abrir o túmulo e mexer no caixão e no esqueleto o Felipe fez.
Finalmente, resolvemos ir embora, mas antes tivemos outra surpresa. O coveiro nos chamou para ver um local onde só tinha sacos pretos, cheios de ossos que ele tira dos túmulos. Então o Carlos falou:
_Coloca a mão aqui.
Quando eu coloquei: _Que nojo! eu gritei. Quase morri quando senti o osso que depois de muito tempo fica macio.
Corri para lavar as mãos e ir embora daquele lugar.
Graças a Deus cheguei ao colégio onde a Márcia fez a gente tomar banho e voltamos à nossa rotina normal.
Nunca vou esquecer esse passeio.

Luana Moreira- 901

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Lula, o filho do Brasil

Discurso no estádio lotado da Vila Euclides, realizado sem sistema de som, quando 80 mil operários repetiram suas palavras para que todos pudessem ouvi-las.



O pai de Lula, seu Aristides declara que "Filho de pobre tem que trabalhar e não estudar". Enquanto a mãe, dona Lindu batia na cabeça do menino e dizia: "Este aqui vai ser gente. Vai ter uma profissão".

O que você pensa sobre essas declarações antagônica feitas no Brasil da década de 1950? E hoje? Aproveite para fazer um comentário sobre o filme e destacar o que mais lhe chamou a atenção.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Última tarefa do 3º bimeste

O filme "Preciosa – uma história de esperança"  aborda temas complexos como o racismo, a pobreza, a injustiça social, a violência doméstica, o abuso sexual com extrema dignidade, um profundo senso de realismo e muita emoção. Para a última tarefa deste bimestre, quero que você faça um comentário inteligente sobre como você apreciou este drama estrelado pela doce Gabourey Sidibe, indicada ao oscar de melhor atriz de 2010.


sexta-feira, 13 de agosto de 2010

JOGOS DIGITAIS

 Click aqui para entrar na OJE http://jogos.conexaoaluno.rj.gov.br/oje/Jogos.action
TÔ DENTRO. E VOCÊ?
Conhecimento e diversão caminhando lado a lado. A partir do dia 11/08, as escolas da rede estadual vão participar de uma competição virtual, que tem o objetivo de aprimorar os processos de ensino-aprendizagem na escola, levando o universo dos jogos digitais para as salas de aula e laboratórios.


Através da OJE, alunos e professores formam equipes, de quatro a seis integrantes, para competir em jogos online que fazem uso das mecânicas clássicas dos tradicionais jogos de computador, mas com temas desenvolvidos a partir de conhecimentos escolares.
Ao final da competição, as equipes mais bem colocadas participarão de semi-finais presenciais na sua região. O encerramento está marcado para o dia 15 de dezembro, com a participação de alunos e professores que obtiveram os melhores resultados nos jogos e enigmas.


VOCÊ VAI QUERER FICAR FORA DESTA?!


DEPOIS DE FAZER SUA INSCRIÇÃO E NAVEGAR PELOS JOGOS, FAÇA UM COMENTÁRIO AQUI EM NOSSO BLOG.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Sem saber que estavam produzindo um texto coletivo, alunos e alunas das turmas de 1ª série construíram essa beleza que eu gostaria de ter escrito como avaliação da nossa Agrogincana de 2010.

XIV Agrogincana do CIAPI


Este ano a nossa agrogincana teve como tema e inspiração a África, que nos trouxe várias danças, símbolos e costumes daquele continente (Matheus Franklin – 1002). Ela é uma festa de alegria; as pessoas aprendem a perder o medo de atuar nos palcos, aprendem a competir com mais garra, com solidariedade e amizade (Leonardo Bastos – 1002). Além disso, tem como finalidade fazer com que todos saibam competir em equipe e principalmente ser amigo (Júlia Fernandes – 1002). Por isso a gincana do CIA é um meio de descoberta de valores, pois pessoas que não conhecem sua capacidade ou seu talento de fazer um teatro ou uma dança estão lá realizando (Maria Geralda – 1002).
Na nossa concepção, a gincana é uma excelente atividade oferecida pela escola, com o intuito de nos divertir, nos distrair um pouco, mas com o objetivo fundamental de aprendizado, cooperação, competitividade e ética. Afinal de contas, a escola quer nos preparar para o futuro, porque nessa vida nós não somos nada sozinhos (Celiton Félix – 1001). Mas, acima de tudo, a agrogincana é um divertimento, uma interação dos alunos com os professores e momentos de felicidade que marcam nossa vida (Douglas Miranda – 1001).
Além de tudo voltado para o conhecimento, o lazer e a cultura (Josiano Almeida – 1001) é inegável o exercício do trabalho em equipe. Apesar das discussões, conseguimos fazer novas amizades, aprendemos também a ter mais compromisso e responsabilidade e cada um coloca sua criatividade em prática (Natália Abrantes – 1001).
A desenvoltura com que se vive a agrogincana promove e valoriza mais ainda a relação entre professores, alunos e funcionários (Ariane Lorena – 1002). E também ensina a ter união, a trabalhar em grupo – que é muito importante –, pois o mercado de trabalho exige a socialização do saber e do fazer. Portanto, a gincana é um bom exercício (Leonan Neri – 1001) e, nesse ponto, ela é uma força importante, pois o mercado, além de trabalho, tem exigido competência de se trabalhar em equipe (Ítalo Rodrigues – 1001).
Verdadeiramente, a agrogincana do CIA faz vários alunos e professores trabalharem para um grande momento de alegria e paz que culmina com a união de todos (José Geraldo – 1001). Por isso ela é a oportunidade de conhecer de verdade quem são os nossos amigos, os professores, até mesmo de cada um se conhecer a si mesmo. É um tempo de descobrir coisas que nem se imaginou capaz de fazer (Jéssica Aparecida – 1001). Afinal, os novos amigos... a interatividade que se vive, no decorrer da gincana, nunca se pode esquecer (Vívian Faria – 1002). Por isso mesmo, o mais legal dessa agrogincana é que todo mundo ajuda. Todo mundo: até aquelas pessoas que tinham alguma desavença, e isso é muito positivo (Rodrigo Zem –1001).
Como nesses 14 anos, todas as equipes foram vencedoras. Mas somente uma saiu com o troféu e desta feita foi a equipe 3. Não se pode achar que esta gincana tenha sido a melhor, mas foi muito boa para aprendermos a compartilhar mais as coisas, fazer mais amizades e conhecer o talento que nossos amigos têm (Marlúcia Karla –1002).
Já a vitória!... A vitória é de todos, pois o objetivo é muito mais que alcançado e nos mostra que mesmo na hora da disputa, há sempre uma mão amiga (Gisele Cruz – 1002).


Texto de produção coletiva dos alunos e alunas da 1ª série do EM do Colégio Agrícola de Itaperuna.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Ficha de Filme

O convite é para todos que assistiram à "Guerra ao Terror" comentarem o filme dizendo qual é o assunto central, a cena de que mais gostaram e o que aprenderam com esse "documentário".

sexta-feira, 30 de abril de 2010

LEITURA DE CHARGE

Mais do que um simples desenho, a CHARGE é uma crítica político-social onde o artista expressa graficamente sua visão sobre determinadas situações cotidianas através do humor e da sátira. Para entender uma charge não precisa ser necessariamente uma pessoa culta, basta estar por dentro do que acontece ao seu redor.


Amarildo Lima – 46 anos – É Capixaba e trabalha há 22 anos no Jornal A Gazeta do Espírito Santo como Chargista e Editor de Ilustração.
Na charge acima, o artista ilustra três importantes personagens da política brasileira em um encontro simulado em que um deles mostra recente capa da revista norteamericana Time, que fez uma lista dos líderes mais influentes do mundo em 2010. O desafio de vocês e nomear os personagens e explicar a sátira posta no desenho.

domingo, 14 de março de 2010

Olimpíada do Conhecimento

Foi uma festa!
Estivemos neste dia 13/03 visitando a Olimpíada do Conhecimento, evento promovido pelo Sistema S que expõe o talento dos jovens estudantes do Senai. Trata-se de uma grande vitrine para os profissionais técnicos do país e das Américas.
Há um fervoroso debate no Brasil, e sobretudo no Estado do Rio de Janeiro, acerca da carência de profissionais técnicos para a demanda da nossa indústria, que cresce sem parar.

O que você acha disso?! Pesquise e poste aqui seus comentários.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Severn Suzuki



Estamos começando o ano letivo de 2010. Essa nossa primeira postagem tem dois objetivos: refletir sobre a questão ambiental e também analisar a fala da menina canadense Severn Suzuki do ponto de vista da construção do discurso.