terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Invenção da Ficção

O ano letivo está chegando ao final. Ele foi produtivo. Fizemos coisas muito legais. Uma delas, certamente, foi a invenção de texto a partir do clip de "Another Brick in the Wall" do Pink Floyd. Fiquei orgulhoso de vocês como contadores de história. Escolhi dois trabalhos para postar aqui. Não fiquem com ciúmes. Todos ficaram bons, mas esses são um exemplo de criatividade e correção ortográfica.

Em uma época quando os professores faziam as leis, crianças eram transformadas, não tinham sua infância, brincadeiras de criança. Viviam sob regras e mais regras, como se fossem animais e a escola uma grande fábrica pronta para abatê-las.
Os professores eram tão rígidos que não aceitavam sequer olhares que não fossem para eles. Como aconteceu uma vez em uma aula de história. O professor se viu no direito de ler o diário de um aluno para toda a classe:
_ O que é isso? Deixe me ver! Ah, que lindinho! Deixe de tolice, garoto; presta atenção na aula, guarda essa porcaria.
A turma toda zomba do menino. Coisas assim aconteciam frequentemente. Crianças eram oprimidas, assim como toda a população que era controlada pelo Estado.
Mas tudo isso mudou e houve uma grande revolta nas salas; tudo quebrado, fogo por toda a parte; professores sendo queimados. A vida de máscara dos alunos havia acabado e eles podiam, além de ser crianças outra vez, voltar para casa.
Fernanda Araújo e Jennifer Ferreira (1001)

Era uma vez um menino inglês que estudava em uma escola muito ruim. Esse menino tinha alucinações quando estava no colégio. Por medo, sentia que estava indo pro matadouro. Que os outros alunos, e inclusive ele, eram animais que iriam ser massacrados.
Os professores sempre sérios, parecendo carrascos. Batia o sino e todos eles se dirigiam às salas para judiar dos alunos.
_O que você está fazendo aí? É um diário? Senhoras e senhores: “Hoje vou pra a escola, mas tenho medo do professor brigar comigo!” Ha, ha, ha!
Esse mesmo professor, ao sair com a sua mulher, tem lembranças de quando bate nos alunos, mas não sente nenhum remorso.
Naquela sociedade, os alunos ao chegarem à escola passam por um processo que os deixa prontinhos para serem moídos pelos professores. Os alunos ficam só esperando, com saudade, seus pais os tirarem de lá. Mas, enquanto isso não acontece, não podem fazer nada.
Sâmella e Midyã Barreto (1002)

Ficara devendo a vocês o clip com legenda, não foi?! Pois ele está aqui. É só clicar.


segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Violência “na” e “da” escola

A violência que ocorre “na” escola é associada aos graves problemas sócio-econômicos das grandes cidades, o domínio do narcotráfico, as gangues, o declínio da autoridade dos pais e professores, a violência reproduzida da TV e dos jogos eletrônicos, etc.

A violência “da” escola, historicamente, reproduz as desigualdades sociais, produz castigos físicos em nome da “disciplina”, da “moral”, dos “costumes”, da “adaptação à sociedade”. A palmatória é o principal símbolo dessa educação repressiva e tradicional, infelizmente, ainda não abolida em muitas partes do mundo.

Curioso é que, a violência praticada pela professora de antigamente vem sendo substituída por uma nova forma de violência dos alunos contra os professores, seus bens, e o patrimônio da escola. Hoje, professores de todo o país sofrem desrespeito, ameaças, e agressões físicas dos alunos e pais deles. Escolas são depredadas, pichadas, roubadas, aparentemente como simples vandalismo. Principalmente falta envolvimento da comunidade local para evitar que a escola seja violentada por seus próprios alunos ou estranhos, e os professores continuem sendo desrespeitados e ameaçados.

RAYMUNDO DE LIMA

Revista Espaço Acadêmico nº 78 - dezembro/2007

Meninos e Meninas, este é um assunto recorrente quando se fala em Escola. Mas e você, o que acha da violência "na" e "da" Escola? Quando ela existe? O que podemos fazer para superá-la?